Minha 
                                                    homenagem especial a uma amiga 
                                                    que nos enriquece,  
                                                    e nos diverte com seu espírito 
                                                    lúdico, inteligente 
                                                    e criativo de  
                                                    escrever poesias e prosas 
                                                    com seu estilo inconfundível 
                                                    de  
                                                    explorar e brincar com as 
                                                    palavras! 
                                                    Com carinho. 
                                                    Yara Nazaré 
                                                     
                                                  | 
                                             
                                             
                                               
                                                   
                                                      
                                                  ROSA, 
                                                    ROSAE, ROSARUM 
                                                  (Yara 
                                                    Nazaré)  
                                                  Vestiu-se 
                                                    de Cinderela 
                                                    E a todos encantou  
                                                    De linda Branca de Neve 
                                                    Fez seu príncipe galopar 
                                                    No seu branco alazão 
                                                    Para dos seus braços 
                                                    Nunca mais separar 
                                                    Rosa, Rosae, Rosarum 
                                                    Sua Alteza Imperial 
                                                    No seu traje de gala 
                                                    Na Floresta Encantada 
                                                    Com pássaros a gorgear 
                                                    Consegue 
                                                    a todos encantar! 
                                                   
                                                    Minha homenagem a você, 
                                                    Rosa Pena. 
                                                    Com carinho,  
                                                    Yara Nazaré 
                                                   
                                                  | 
                                             
                                             
                                               | 
                                             
                                             
                                               
                                                  ROSA 
                                                    PENA por... ROSA PENA! 
                                                  PERFIL 
                                                  Rosangela 
                                                    Pena nos registros. 
                                                    Rosa Pena como gosto de ser 
                                                    chamada. 
                                                    Sou professora, carioca, casada, 
                                                    tenho uma filha. 
                                                    Sou apenas uma mulher nascida 
                                                    no século XX. 
                                                    Viciada em ler. Considero 
                                                    que a leitura é o grande 
                                                     
                                                    guia para educação 
                                                    sentimental. 
                                                    Escrever foi uma das alternativas 
                                                    que encontrei para mostrar 
                                                     
                                                    o meu jeito de agir, ser e 
                                                    reagir diante deste  
                                                    tumultuado mundo contemporâneo. 
                                                    Foi mais além. Foi 
                                                    a forma de suportar a grande 
                                                    solidão  
                                                    que reina no individual de 
                                                    cada um, por mais acompanhados 
                                                     
                                                    que estejamos. 
                                                    Ler e escrever. Tentativas 
                                                    de decifrar enigmas. Criar 
                                                    novos. 
                                                    Na escrita consigo sublimar 
                                                    o perverso, o sarcasmo,  
                                                    o cinismo que insiste em ser 
                                                    maior que o amor que  
                                                    existe no ser humano. Lendo 
                                                    consigo chegar  
                                                    mais perto do coração 
                                                    de meu semelhante. 
                                                    O sal nosso de cada dia no 
                                                    feijão com arroz do 
                                                    cotidiano. 
                                                    Comida insossa é piada 
                                                    sem riso. 
                                                    Se não consigo sorrir 
                                                    sempre com a vida, sorrio 
                                                    dela. 
                                                     
                                                    Rosa Pena 
                                                  2 
                                                    livros virtuais publicados. 
                                                    Participação 
                                                    em 4 antologias virtuais  
                                                    2 Livros editados no papel: 
                                                    Com 
                                                    Licença da palavra/ 
                                                    2003 
                                                    PreTextos/ 
                                                    2004 
                                                  (Clique 
                                                    nos endereços abaixo 
                                                    e visite os belos sites de 
                                                    Rosa Pena) 
                                                   
                                                    http://www.rosapena.prosaeverso.com/ 
                                                   
                                                    www.rosapena.recantodasletras.com.br 
                                                    
                                                  ************** 
                                                     
                                                      
                                                  | 
                                             
                                             
                                               
                                                  POESIAS 
                                                    DE ROSA PENA: 
                                                    
                                                  QUASE 
                                                    SONETO  
                                                  Rosa 
                                                    Pena 
                                                   
                                                     
                                                    Hoje queria fazer um soneto, 
                                                    sem grandes melancolias, 
                                                    falar apenas desse amor que 
                                                    se adia, 
                                                    mas nada veio... tudo preto. 
                                                  Busquei 
                                                    Andrade, Bandeira 
                                                    pra encontrar maneira... 
                                                    Li Moacir et Selena 
                                                    para descobrir que a vida 
                                                    não é pequena. 
                                                  Reli 
                                                    Camões, cheia de ilusões, 
                                                    só consegui rimar com 
                                                    corações. 
                                                    Mendes, Moraes, Quintana 
                                                    buscava de forma insana! 
                                                  Não 
                                                    precisava ser soneto organizado 
                                                    bastava ter meu amor alimentado 
                                                    mas nada apareceu... 
                                                    acredito que nem eu. 
                                                  Pensei 
                                                    em falar disparates 
                                                    de chuvas a chocolates 
                                                    talvez de sentimentos nobres, 
                                                    quem sabe assim me descobres. 
                                                  Queria 
                                                    falar de ti  
                                                    dos sentimentos que me consomem 
                                                    de tudo que este amor irradia 
                                                    percebo a hora tardia. 
                                                  Nada 
                                                    veio, apenas percebi neste 
                                                    quase soneto 
                                                    que fiz de minha vida um coreto, 
                                                    Com o coração 
                                                    sustentado 
                                                    por um amor... amor por mim 
                                                    inventado. 
                                                  2002 
                                                   
                                                    * 
                                                  A 
                                                    COR DO GRITO 
                                                   
                                                    Rosa Pena 
                                                  
                                                   
                                                    Por falta de culpados, 
                                                   
                                                    culpei o tempo. 
                                                    Certamente ele ainda não 
                                                    veio, 
                                                    por culpa da chuva, do vento. 
                                                    Ainda virá, 
                                                    não há de tardar. 
                                                   
                                                    E quando a terra secou 
                                                    outro pretexto arrumei. 
                                                    A rua, o movimento, 
                                                    talvez congestionamento. 
                                                    Chegará a qualquer 
                                                    momento. 
                                                   
                                                    A hora passou, 
                                                    o mundo aquietou. 
                                                    Ele não veio. 
                                                    A chuva, o vento, o movimento, 
                                                    não são cúmplices 
                                                    do meu tormento. 
                                                   
                                                    Que mundo esquisito! 
                                                    A lucidez cinza eu evito. 
                                                    O silêncio é 
                                                    frio,  
                                                  cor 
                                                    de granito. 
                                                    Suplico... 
                                                    Qual é a cor do grito? 
                                                    
                                                  2002 
                                                  * 
                                                   
                                                    SOLIDÃO 
                                                   
                                                    Rosa Pena 
                                                    
                                                  Solidão... 
                                                  É 
                                                    mosca na teia, 
                                                  é 
                                                    sangue sem veia, 
                                                  é 
                                                    mar sem sereia, 
                                                  é 
                                                    encontrar tua caixa cheia. 
                                                  Solidão 
                                                    ... 
                                                  No 
                                                    micro ligado 
                                                  no 
                                                    mouse clicado,  
                                                  na 
                                                    ausência do teu nome 
                                                    negritado, 
                                                  no 
                                                    lençol lavado sem pecado, 
                                                     
                                                  no 
                                                    fogo sem calor,  
                                                  no 
                                                    ninho sem amor, 
                                                  no 
                                                    dia sem flor, 
                                                  no 
                                                    amor sem ciúmes, 
                                                  no 
                                                    travesseiro sem teu perfume. 
                                                  Solidão... 
                                                  é 
                                                    o violino sem mão, 
                                                  é 
                                                    globo sem nação, 
                                                  é 
                                                    ouvir apenas, 
                                                  o 
                                                    silêncio do teu não. 
                                                     
                                                    
                                                  2003 
                                                  * 
                                                  EX 
                                                  Rosa 
                                                    Pena 
                                                   
                                                    Vá! Dê parte. 
                                                    Diz que não faço 
                                                    arte, 
                                                    que sou um desastre. 
                                                    Me chame de intrusa, 
                                                    me deixe confusa. 
                                                    Mas, diz também  
                                                    como sei amar, 
                                                    que sente falta  
                                                    do meu jeito de olhar. 
                                                    Me leva ao juiz, 
                                                    conta tudo o que fiz. 
                                                    Não esqueça: 
                                                    - Você também 
                                                    quis! 
                                                    Não se aborreça 
                                                    se um dia lembrar 
                                                    como lhe fiz feliz. 
                                                    Não peça, porém, 
                                                    replay. 
                                                    - Assuma de vez que é 
                                                    o Ex. 
                                                  2004 
                                                  * 
                                                  ÉS 
                                                  Rosa 
                                                    Pena 
                                                  
                                                  Ouço 
                                                    ruídos, 
                                                    leves, 
                                                    quase desapercebidos. 
                                                    Mas são meus velhos 
                                                    conhecidos. 
                                                    Parecem gotas de chuva na 
                                                    calha, 
                                                    o vento que a areia espalha, 
                                                    o toque do peixe na malha. 
                                                  São 
                                                    rápidos, 
                                                    inconfundíveis, 
                                                    quase invisíveis. 
                                                    Deixo de rodeios. 
                                                    Vou ao ponto. 
                                                    São meus devaneios, 
                                                    que surgem 
                                                    quando te leio. 
                                                  Esqueço 
                                                    os tratos desfeitos, 
                                                    as juras que fiz 
                                                    de não saber 
                                                    nada mais ao teu respeito. 
                                                   
                                                    És ainda a causa e 
                                                    o efeito. 
                                                   
                                                    2003 
                                                  * 
                                                  MEIA 
                                                    INTEIRA  
                                                     
                                                  Rosa 
                                                    Pena 
                                                    
                                                    
                                                  Este 
                                                    nosso amor, 
                                                    feito de meias 
                                                    palavras, 
                                                    frases nunca inteiras. 
                                                    Loucuras, besteiras. 
                                                    Meia ida, volta e meia. 
                                                  Volver. 
                                                  Vou 
                                                    ver? 
                                                  Pago! 
                                                  Meia-noite. 
                                                  Lua 
                                                    cheia. 
                                                  Meia 
                                                    taça de vinho. 
                                                  Afrouxo 
                                                    o colarinho. 
                                                  Sussurro: 
                                                   
                                                    -Querida. 
                                                  Gritas: 
                                                   
                                                    -Atrevido! 
                                                  Murmuro: 
                                                  -Sustenidos. 
                                                  No 
                                                    chão, 
                                                  nossas 
                                                    meias. 
                                                  Aplaudimos: 
                                                  -Grande 
                                                    cupido! 
                                                    
                                                  2004 
                                                  * 
                                                    
                                                  VISIONÁRIO 
                                                     
                                                   
                                                    Rosa Pena 
                                                  Desisto 
                                                    do meu jeito 
                                                    para alguns defeito. 
                                                    Venceu o preconceito. 
                                                    Fico austera. 
                                                    Coloco 
                                                    nó na gravata, 
                                                    abuso da palavra ingrata 
                                                    separo o leite da nata. 
                                                    Viro severa. 
                                                    Reclamo 
                                                    o minuto perdido, 
                                                    por uma serenata. 
                                                    Abdico 
                                                    de cruzar a ponte, 
                                                    mudar o enredo, 
                                                    que imaginei um monte. 
                                                    Reclamo do  
                                                    meu peito visionário. 
                                                    Produto ordinário 
                                                    de segunda mão. 
                                                    Teima em bater em vão. 
                                                    Tolo ainda acredita 
                                                    que perto do infinito, 
                                                    existe um coração, 
                                                    que toca igual ao meu. 
                                                    Pura ficção. 
                                                   
                                                    2005 
                                                   
                                                    * 
                                                  INSTANTES 
                                                   
                                                    Rosa 
                                                    Pena 
                                                   
                                                    Se 
                                                    não tem porta,  
                                                    há sempre uma janela. 
                                                     
                                                    -Aberta?  
                                                    -Com tela.  
                                                    -Dá pra ver a lua? 
                                                     
                                                    -Com hora certa.  
                                                    -Mais ou menos tua? 
                                                    - Que seja por um instante. 
                                                    Amar sempre alerta,  
                                                    o coração aperta. 
                                                    Nunca nova. 
                                                  Sempre 
                                                    minguante! 
                                                    
                                                  2004 
                                                    
                                                  * 
                                                  SONHO 
                                                     
                                                  Rosa 
                                                    Pena 
                                                  Em 
                                                    sonhos me abandono 
                                                    louca de amor grávida 
                                                    de sono. 
                                                    Ardo em chamas invisíveis 
                                                    crio entregas impossíveis. 
                                                    Envolvida em tuas pernas 
                                                    invento coisas eternas. 
                                                    Meu corpo oferto! 
                                                    Desejosa de perpetuar o incerto. 
                                                    Adormeço o sol já 
                                                    nasce. 
                                                   
                                                    2001  
                                                  * 
                                                  COMO 
                                                    SE DIZ ADEUS? 
                                                  Rosa 
                                                    Pena 
                                                  
                                                  Neste 
                                                    poema deixo  
                                                    na areia marcas, 
                                                    esparsas, breves 
                                                    pegadas leves  
                                                    de alguém que partiu 
                                                    numa barca, 
                                                    sem dizer adeus. 
                                                     
                                                    Neste pequeno poema deixo 
                                                    o medo, o susto 
                                                    Daqueles que levamos 
                                                    quando o vento, 
                                                    desnuda nosso busto. 
                                                    Adeus brusco. 
                                                  Neste 
                                                    resto de poema, 
                                                    deixo o pranto 
                                                    De saber que feri, 
                                                    meus maiores encantos. 
                                                    Adeus que acena. 
                                                   
                                                    Sequer é poema 
                                                    é apenas 
                                                    a lágrima que teima, 
                                                    em sair dos olhos meus. 
                                                    Adeus. 
                                                  2004 
                                                  * 
                                                  DREAM 
                                                     
                                                    Rosa Pena 
                                                     
                                                    O crédito esgotado? 
                                                    -Peço emprestado. 
                                                    A água cortada? 
                                                    -Fico sem banho 
                                                    Faltou energia? 
                                                    -Durmo no escuro. 
                                                    Apesar 
                                                    do pouco que disponho, 
                                                    não me amarguro. 
                                                    Só não admito 
                                                    perder a fantasia, 
                                                    de estares comigo em meus 
                                                    sonhos. 
                                                  Boa 
                                                    Noite 
                                                    2005 
                                                  * 
                                                  INFRATOR 
                                                  Rosa 
                                                    Pena 
                                                    
                                                  O 
                                                    meu amor 
                                                    é 
                                                    um louco na direção. 
                                                    Exagera 
                                                    na velocidade, 
                                                    dá batidas nas estradas, 
                                                    se mete em enrascadas. 
                                                    Anda na contramão, 
                                                    sempre 
                                                    bêbado de ilusão. 
                                                    Desconhece o cinto, 
                                                    sobe no meio- fio, 
                                                    capota 
                                                    nas saudades. 
                                                    Não 
                                                    tem seguro. 
                                                    Transita infantil na poesia, 
                                                    irresponsável 
                                                    na prosa 
                                                    Paga 
                                                    multa toda hora. 
                                                    Valor 
                                                    da Pena? 
                                                    Namora 
                                                    a Rosa. 
                                                  junho 
                                                    de 2005 
                                                  Feliz 
                                                    dia dos Namorados! 
                                                  * 
                                                  PROSAS 
                                                    DE ROSA PENA: 
                                                    
                                                  LABIRINTO 
                                                   
                                                    Rosa Pena  
                                                  100_ 
                                                    ida 
                                                    100_ volta 
                                                    re_volta 
                                                  Estou 
                                                    de saco cheio do Saddam, Bush, 
                                                    Rosinha (governadora), Lula 
                                                    (molusco), Paulinha (minha 
                                                    prima), esfirra do Habib’s 
                                                    (comida árabe feita 
                                                    por portugueses?), Maria Rita 
                                                    (quase Elis), Luís 
                                                    Inácio (presidente), 
                                                    Ratinho, clone, sósia, 
                                                    robô, Tony Blair, New 
                                                    York Times, Globo, chuleta, 
                                                    garçom servindo cupim, 
                                                    concursos de qualquer tipo, 
                                                    recursos, incursos, elite 
                                                    intelectual, bunda de fora 
                                                    em bike, paradigma, superegos, 
                                                    Rubinho (corredor), Domingo 
                                                    Legal, Preta Gil, ministro 
                                                    Gilberto, ex-BBB, Vanessa 
                                                    (filha do mala sertanejo), 
                                                    virgindade da Sandy, teste 
                                                    de DNA com jogador, direitos 
                                                    humanos só para os 
                                                    bandidos (a vítima 
                                                    que se foda), Imedia Excellence 
                                                    (ferrou o tom do meu cabelo), 
                                                    vendedor que acha que está 
                                                    fazendo favor, adolescente 
                                                    com ar blasé, ONG pirata, 
                                                    Velox, Lei de Gerson, pacifistas 
                                                    armados, lirismo fabricado, 
                                                    aplauso forçado. Estou 
                                                    de saco cheio de Saddam, Bush, 
                                                    Rosinha (governadora), Lula 
                                                    (molusco), Paulinha (minha 
                                                    prima), esfirra do Habib's... 
                                                  * 
                                                  É 
                                                    PRA FRENTE MÃE! 
                                                   
                                                    Rosa Pena 
                                                     
                                                     
                                                    Ele fez do Miguel seu melhor 
                                                    amigo. No seu aniversário 
                                                    de três anos fez a mais 
                                                    absoluta questão que 
                                                    o amigão sobrasse as 
                                                    velas do bolo, lado a lado. 
                                                    Com o Miguelito ele não 
                                                    tinha aquele egoísmo 
                                                    sincero que só se tem 
                                                    na infância. Dividia 
                                                    tudo com seu parceiro inseparável 
                                                    e até concedia o melhor 
                                                    lugar para ele ver o Pernalonga 
                                                    na TV, tamanha a consideração. 
                                                    A creche era para filhos de 
                                                    militares, então era 
                                                    um tal de entra- e -sai danado 
                                                    de crianças. Acabado 
                                                    o tempo de serviço 
                                                    naquela base, o adeus em forma 
                                                    de tchau era dado. 
                                                    Eles 
                                                    foram se acostumando a perder 
                                                    os amiguinhos de vista, sempre 
                                                    ouvindo dos pais que o tempo 
                                                    deles aqui havia acabado. 
                                                    Era hora de mudar de escola, 
                                                    de lugar. Quem sabe algum 
                                                    dia não iriam se reencontrar? 
                                                    Ano 
                                                    passado foi à vez do 
                                                    Miguel ir. A mãe percebeu 
                                                    pelo seu rostinho as lágrimas 
                                                    engolidas na despedida, a 
                                                    falta danada que o amigo ia 
                                                    fazer e a sua coragem silenciosa 
                                                    em tocar pra frente a vida, 
                                                    apesar da ausência do 
                                                    companheiro. 
                                                    Essa 
                                                    semana seu avô materno 
                                                    morreu. A mãe não 
                                                    parava de chorar na missa. 
                                                    De 
                                                    repente, bem de mansinho, 
                                                    ele chegou perto dela e disse: 
                                                    - 
                                                    Ele mudou de escola, pois 
                                                    o tempo dele aqui acabou. 
                                                    Agora está em outro 
                                                    lugar. 
                                                    Quem 
                                                    sabe algum dia você 
                                                    não vai encontrar novamente 
                                                    o vovô? 
                                                    Ela 
                                                    parou de chorar e olhou para 
                                                    ele com orgulho.A vida nos 
                                                    faz perder tantas coisas, 
                                                    mas também nos faz 
                                                    ganhar outras tantas. 
                                                    É 
                                                    só uma questão 
                                                    de inverter o olhar detrás 
                                                    para frente. 
                                                   2005 
                                                  * 
                                                  
                                                  | 
                                             
                                             
                                              SISSI 
                                                   
                                                  Rosa 
                                                    Pena 
                                                  Quando 
                                                    eu nasci, a Sissi já 
                                                    estava lá em casa. 
                                                    Sissi, como a Sissi Imperatriz 
                                                    da Áustria. 
                                                    Seu nome só fui saber 
                                                    quando já era moleca 
                                                    de sete anos. Como Severina 
                                                    não suportava o próprio 
                                                    nome, meu pai havia lhe dado 
                                                    este apelido. Papai tinha 
                                                    idolatria pela história 
                                                    da Imperatriz. 
                                                    Já era parte da família. 
                                                    Fazia tudo em nossa casa, 
                                                    e fazia bem, feliz em servir. 
                                                    Sissi era quem me contava 
                                                    histórias e, se eu 
                                                    fosse na dela, até 
                                                    hoje acreditaria em mula sem 
                                                    cabeça e em lobisomem. 
                                                    Estranhamente nunca tive medo 
                                                    de suas histórias fantásticas, 
                                                    e no final quem colocava medo 
                                                    nela era eu. 
                                                    - Sissi, a mula está 
                                                    atrás de você!!! 
                                                    Ela ficava que nem o Michael 
                                                    Jackson: branca! 
                                                    Adorava fazer isso. Hoje, 
                                                    vejo com clareza que adorava 
                                                    tudo nela. 
                                                    Ela tinha uma humildade absurda. 
                                                    Considerava um favor receber 
                                                    dinheiro em troca do seu trabalho. 
                                                    Era empregada doméstica, 
                                                    daquelas que moram na casa 
                                                    do patrão. 
                                                    Acostumei-me a tê-la 
                                                    sempre por perto. Por ser 
                                                    a caçula da casa, era 
                                                    a sua protegida. Sissi era 
                                                    minha cúmplice nas 
                                                    travessuras, tipo jogar fora 
                                                    metade da sopa, roubar moedas 
                                                    do papai, dizer que estudei 
                                                    enquanto lia almanaques, passar 
                                                    trote no telefone para os 
                                                    meninos. Minha porta-voz nas 
                                                    mentiras infantis, meu álibi 
                                                    nos flagrantes. 
                                                    Quando eu estava com uns dezessete 
                                                    anos, Sissi era vista por 
                                                    mim como uma senhora. Tinha 
                                                    trinta e dois anos. Quando 
                                                    se é adolescente, qualquer 
                                                    pessoa acima de trinta parece 
                                                    idoso, e além do mais 
                                                    ela tinha aqueles trintinhas 
                                                    acabados, vividos na área 
                                                    de serviço. Não 
                                                    há viço que 
                                                    agüente. Acho que até 
                                                    então nunca tinha usado 
                                                    xampu. 
                                                    Mas, mesmo assim, arrumou 
                                                    um namorado nesta tal velhice 
                                                    imaginada por mim. 
                                                    Então ela começou 
                                                    a se ver mulher. Comprava 
                                                    vestidos e diminuía 
                                                    o comprimento deles. Passou 
                                                    a usar batom e ganhou do namorado 
                                                    um cinto vermelho. Usava-o 
                                                    direto. Marquinho, seu namorado, 
                                                    era sambista e feirante. Tinha 
                                                    uns quarenta anos e um fraco 
                                                    por mulheres. Azarava todas. 
                                                    Sissi começou a mudar 
                                                    seu jeito no trabalho e na 
                                                    vida. Como qualquer mulher 
                                                    apaixonada, ficou distraída. 
                                                    Sorria para a corda, achava 
                                                    a batata linda, a privada 
                                                    simpática. Chorava 
                                                    com o rádio e sofria 
                                                    igualzinho aos personagens 
                                                    das novelas. Mulher amando 
                                                    é foda (eu adoro esse 
                                                    estado, misto de choro e riso). 
                                                    Passou também a cantarolar 
                                                    cozinhando, e lembro-me bem 
                                                    do repertório: Matriz 
                                                    e Filial. Ela era uma filial 
                                                    assumida. Para quem não 
                                                    tinha nada na vida, aquele 
                                                    amor era tudo. Se bem que 
                                                    o amor é tudo, até 
                                                    para quem tem do bom e do 
                                                    melhor na vida. 
                                                    O fato é que aos pouquinhos 
                                                    começamos a perder 
                                                    na hierarquia das prioridades 
                                                    de sua vida. 
                                                    Meus pais sempre foram justos 
                                                    e não a pressionavam. 
                                                    Diziam que ela merecia viver 
                                                    a vida. 
                                                    Um dia avisou que estava grávida, 
                                                    mas só avisou quando 
                                                    já estava de sete meses. 
                                                    Havia escondido o fato devido 
                                                    ao seu recato. 
                                                    Eu já estava na faculdade 
                                                    e trabalhando. A turma toda 
                                                    lá de casa já 
                                                    não parava em casa. 
                                                    O trabalho da imperatriz tinha 
                                                    ficado bastante reduzido, 
                                                    então papai perguntou 
                                                    a ela se queria ter o filho 
                                                    lá em casa. Ela aceitou. 
                                                    Nasceu uma linda menina. Imagina 
                                                    o nome que ela deu? 
                                                    Rosa. 
                                                    Rosinha virou um pouco filha 
                                                    de todos nós. Todos 
                                                    apaixonados por ela. 
                                                    Casei-me quando a Rosinha 
                                                    tinha três anos, porém, 
                                                    como sempre passei mais tempo 
                                                    na casa de meus pais, tentei 
                                                    supervisionar a educação 
                                                    da menina. 
                                                    Na idade certa foi mandada 
                                                    para a escola. Fez o primário 
                                                    quase completo. 
                                                    Eu cobrava dela o aproveitamento. 
                                                    A vida parecia que seria generosa 
                                                    com ela, e a certeza de que 
                                                    não ficaria com a barriga 
                                                    no fogão deixava-me 
                                                    feliz. Mas o destino encarregou-se 
                                                    de mudar o enredo. 
                                                    Sissi sofreu um infarto. Acho 
                                                    que pelo desgosto de ser eternamente 
                                                    a filial, até de outra 
                                                    filial. Isso levou-a a querer 
                                                    voltar a sua cidade de origem, 
                                                    no Espírito Santo. 
                                                    Lá se foi, levando 
                                                    a menina... Dupla perda para 
                                                    nós todos. 
                                                    Tivemos muitas notícias 
                                                    no início, mas depois 
                                                    fomos perdendo o contato. 
                                                    A distância é 
                                                    um fato. Afasta. 
                                                    Sissi e Rosinha viraram história 
                                                    em minha memória. 
                                                    Seis anos atrás, apareceu 
                                                    uma moça na porta da 
                                                    casa de meus pais. O sorriso 
                                                    igualzinho ao da mãe. 
                                                    Rosinha estava de volta. 
                                                    Sissi havia falecido, e a 
                                                    jovem veio tentar a sorte 
                                                    aqui. 
                                                    Meus pais, já cansados 
                                                    e adaptados com outra pessoa, 
                                                    ofereceram hospedagem por 
                                                    um tempo, mas ela queria mesmo 
                                                    é trabalhar. Aceitei-a 
                                                    em minha casa. Mais como amiga 
                                                    do que como prestadora de 
                                                    serviços. Não 
                                                    a queria doméstica. 
                                                    Falei que voltasse a estudar. 
                                                    Disse-me que a cabeça 
                                                    não ajudava, que pau 
                                                    que nasce torto não 
                                                    tem jeito, morre torto. Queria 
                                                    ser doméstica e ponto. 
                                                    Percebi naquele instante que 
                                                    o Brasil havia mudado bem 
                                                    pouco. 
                                                    E foi ficando, me assessorando, 
                                                    me acompanhando. 
                                                    Sopramos juntas as quinze 
                                                    velinhas do aniversário 
                                                    de minha filha, sorriu comigo 
                                                    nas premiações 
                                                    que a vida ofertou-me e enxugou 
                                                    minhas lágrimas nas 
                                                    penalidades que esta mesma 
                                                    vida aplica. 
                                                    Sempre juntas, mas na hierarquia 
                                                    a dona da gaiola sempre fui 
                                                    eu. 
                                                    Agora, dia primeiro de maio, 
                                                    ela se vai. A história 
                                                    se repete. 
                                                    Quer que sua menina nasça 
                                                    longe do pai, bem longe. Vai 
                                                    para o Espírito Santo. 
                                                    Filme em série? Não 
                                                    quero Sissi parte três. 
                                                    Quero que venha uma nova Rosa, 
                                                    um pássaro que voe 
                                                    longe, que não venha 
                                                    comer em minha mão. 
                                                    Um pássaro que consiga 
                                                    voar bem alto. Assim acreditarei 
                                                    que o Brasil mudou. 
                                                  22 
                                                    de abril de 2004 
                                                  * 
                                                  CARTA 
                                                    AO REI 
                                                  Rio 
                                                    de Janeiro, 28 de abril de 
                                                    2004. 
                                                     
                                                    Roberto Carlos 
                                                  Gostaria 
                                                    de abrir meu coração 
                                                    para ti, sendo absolutamente 
                                                    sincera contigo. Nunca fui 
                                                    tua fã incondicional, 
                                                    não fui a nenhum show 
                                                    teu, não tenho vinil 
                                                    nem cd do RC, até porque 
                                                    não o havia sentido 
                                                    como rei em meu coração. 
                                                    Quando eu era mocinha optei 
                                                    por bossa nova, MPB, Rock, 
                                                    Jazz. Tu já eras sucesso 
                                                    com a Jovem Guarda e eu achava 
                                                    as músicas desta galera 
                                                    por vezes chatinhas, até 
                                                    mesmo bregas, indefinidas 
                                                    para mim. Não as reconhecia 
                                                    como rock, nem como samba, 
                                                    nem como nada. 
                                                    Não dei a devida atenção 
                                                    à tua poesia, nunca 
                                                    senti em tuas canções 
                                                    a tal “é uma 
                                                    brasa mora?” Quantos 
                                                    “nãos e nuncas” 
                                                    dizemos em confissões. 
                                                    Sempre, também usamos 
                                                    muito! - Sempre te amarei, 
                                                    nunca te esquecerei... Eta 
                                                    palavras danadas. 
                                                    Realmente só fui descobrir 
                                                    os detalhes tão pequenos 
                                                    de nós dois, depois 
                                                    dos quarenta. Acho que antes 
                                                    eu corria demais para ficar 
                                                    adulta e atualmente quero 
                                                    que o tempo pare ou regrida. 
                                                    De uns anos para cá, 
                                                    andei revendo meus conceitos, 
                                                    minhas escolhas afetivas, 
                                                    até porque todo ser 
                                                    pensante pode mudar de opinião. 
                                                    Aliás, é bastante 
                                                    saudável, não 
                                                    achas?Acredito mesmo que ando 
                                                    em crise de existência, 
                                                    triste por ter valorizado 
                                                    em demasia coisas que de nada 
                                                    valiam e ter passado batida 
                                                    em coisas que teriam valido 
                                                    uma vida se vividas. 
                                                    Mas faz parte do show dentro 
                                                    e fora do palco, os tais enganos 
                                                    com poucos ou muitos danos. 
                                                    Em alguns casos, gostaria 
                                                    muito de poder voltar no calendário. 
                                                    Impossível se faz. 
                                                    Em relação a 
                                                    ti, no entanto, posso tentar 
                                                    reverter. Confessar meus erros 
                                                    e tentar desabafar meu eu 
                                                    com teus versos. 
                                                    Há tempo ainda de renovar 
                                                    minha fé que anda bastante 
                                                    cansada?Estou tão decepcionada 
                                                    com o verdadeiro sentido do 
                                                    amor. Quero muito ter amigos 
                                                    de fé. Quero perceber 
                                                    que convivo com irmãos 
                                                    que me estendam a mão 
                                                    e sentir que o mundo pode 
                                                    e deve ser camarada. Será 
                                                    que estou redondamente enganada? 
                                                    Necessito amar sempre de todas 
                                                    as formas e maneiras. Quero 
                                                    voltar a sentir tesão 
                                                    pelo mundo. E te digo uma 
                                                    definição que 
                                                    ouvi de uma mulher: "Amor 
                                                    é feito de admiração 
                                                    e tesão". 
                                                    Desejo voltar a sentir admiração 
                                                    por meu amado e espero que 
                                                    ele volte a sentir de mim.Assim 
                                                    manteremos acesa a chama da 
                                                    verdade de quem ama.Quando 
                                                    falo de amado, estou falando 
                                                    de amor em geral. Sejam amores 
                                                    amigos, novos ou antigos. 
                                                    Até dos amores loucos, 
                                                    não definidos ou assumidos. 
                                                    Será que estes sentimentos 
                                                    amorosos estão ultrapassados? 
                                                    Acho que fiquei antiga, gasta, 
                                                    como o meu velho tênis 
                                                    e a minha calça desbotada, 
                                                    mas, no entanto persisto no 
                                                    sonho de encontrar um amante 
                                                    a sua moda, que nunca cairá 
                                                    em desuso, do tipo que ainda 
                                                    manda flores e trata a amada 
                                                    como eterna namorada. Onde 
                                                    acho? 
                                                    Enfim, quero a cada amanhecer 
                                                    ver o nascer do sol, pedir 
                                                    um lindo café da manhã 
                                                    para dois, mesmo que seja 
                                                    light como os tempos modernos 
                                                    impõem, quero ter a 
                                                    certeza de que nada mais será 
                                                    em vão, que meu sorriso 
                                                    ou o meu pranto, apesar de 
                                                    contidos e elegantes, já 
                                                    que atualmente extravasar 
                                                    é "mico", 
                                                    serão sempre frutos 
                                                    das emoções 
                                                    que eu vivi, enquanto estive 
                                                    por aqui. 
                                                    É pedir muito na aurora 
                                                    da vida? Talvez sim, mas sou 
                                                    poeta e a cabeça do 
                                                    poeta é repleta de 
                                                    sonhos e ilusões, sabes 
                                                    bem disso. 
                                                    Se tiveres algumas dicas de 
                                                    como se consegue não 
                                                    perder as ilusões, 
                                                    coloca no próximo cd, 
                                                    pois este estará em 
                                                    meus preferidos. 
                                                    Despeço-me de ti colocando 
                                                    a coroa em tua cabeça, 
                                                    coisa que já deveria 
                                                    ter feito antes. 
                                                    Percebes que te curti a vida 
                                                    toda e não vi? Quanta 
                                                    vez será que isto fiz? 
                                                    Um beijo de tua fã. 
                                                   
                                                    Rosa Pena 
                                                  * 
                                                  DESCANSOU 
                                                    ROSINHA? 
                                                  ROSA 
                                                    PENA 
                                                  Saindo 
                                                    para descansar... 
                                                  Feriado 
                                                    na sexta, maridão resolve 
                                                    ir para casa que temos na 
                                                    região dos lagos. Bem... 
                                                    quem está acostumado 
                                                    já sabe como é! 
                                                    Saio amanhã, crente 
                                                    que tô abafando e já 
                                                    começo desde hoje a 
                                                    juntar tudo que tenho que 
                                                    levar: carne e outros mais 
                                                    para o bendito churrasco, 
                                                    palito, mostarda, calcinha, 
                                                    cd, leite e todos os derivados.... 
                                                    e... sei lá! Amanhã, 
                                                    cedinho, acordo e depois de 
                                                    levar cinco horas tentando 
                                                    pôr tudo no carro, e 
                                                    ainda tentar entrar nele... 
                                                    Lá vamos nós... 
                                                    "É nois na fita". 
                                                    Pego um engarrafamento de 
                                                    umas quatro horas, onde me 
                                                    empanturro de comer biscoito 
                                                    de polvilho com coca. Ouço 
                                                    minha filha perguntar cinqüenta 
                                                    vezes se vai demorar. Eu, 
                                                    com uma puta de uma vontade 
                                                    de fazer xixi... (sempre que 
                                                    viajo tenho vontade!), finalmente 
                                                    chego lá. 
                                                    Encontro a casa sempre com 
                                                    cheiro de mofo, pois o caseiro 
                                                    acha que o termo "caseiro" 
                                                    significa "morar na minha 
                                                    casa". Começa, 
                                                    aí... a segunda parte 
                                                    do meu doce descanso! 
                                                    Arrumo tudo e finalmente vou 
                                                    parar, mas já é 
                                                    noite; praia e piscina já 
                                                    eram... e meu marido já 
                                                    tá troncho de cerveja. 
                                                    Tomo um banho e vou ver TV. 
                                                    Droga, não pega direito! 
                                                    Mando o Vanil, meu caseiro, 
                                                    subir no telhado para ajeitar 
                                                    a antena e fico gritando da 
                                                    janela: "mais pra esquerda... 
                                                    pára agora... não! 
                                                    vira!...". Minha filha 
                                                    aparece com uns dez adolescentes 
                                                    esfomeados, que liquidam com 
                                                    meus víveres do fim 
                                                    de semana. 
                                                    Sexta, de novo, não 
                                                    vou à praia... Vou 
                                                    ao supermercado repor tudo 
                                                    que levei. Quando chego suada, 
                                                    de novo, o maridão 
                                                    calibrado! Feliz da vida. 
                                                    E se repete a cena dos amiguinhos 
                                                    me chamando de tia, e eu louca 
                                                    para dizer que não 
                                                    sou tia deles, pois seus pais 
                                                    não são meus 
                                                    irmãos... tá!!! 
                                                    Rezo para o dia acabar. 
                                                    Chega sábado, estou 
                                                    liquidada. Entalada de ver 
                                                    carne, os pés doendo 
                                                    de tanto ir da cozinha para 
                                                    varanda. Piscina... nem vi! 
                                                    Domingo... hora de voltar... 
                                                    Guardo a tralha toda... Pego 
                                                    mais seis horas de engarrafamento 
                                                    e chego aqui. Ainda tenho 
                                                    que pôr na geladeira 
                                                    os restinhos que sempre sobram 
                                                    e que depois vão para 
                                                    o lixo... Ninguém come 
                                                    aqueles restinhos. Separo 
                                                    a roupa suja. Olho pro meu 
                                                    marido e ele diz: 
                                                    - Viu como foi bom você 
                                                    ter ficado longe do micro? 
                                                    Descansou Rosinha! 
                                                    "É, dona Jura.... 
                                                    Né brinquedo não!" 
                                                  * 
                                                  Rosa, 
                                                    Rosae, Rosarum... 
                                                  Veja 
                                                    agora, uma surpresa que lhe 
                                                    faço. Clique na capinha 
                                                    e receba este E-Book que editei 
                                                    para você com carinho 
                                                    e admiração. 
                                                  Yara 
                                                    Nazaré 
                                                    
                                                    
                                                    
                                                    
                                                  * 
                                                    
                                                   
                                                    Obrigada, pela sua visita! 
                                                    Yara Nazaré 
                                                     
                                                    
                                                   
                                                     
                                                   
                                                  
                                                  
                                                  
                                                  
                                                  
                                                  
                                                  
                                                  
                                                  
                                                  
                                                  
                                                  
                                                  
                                                  
                                                  
                                                  
                                                  
                                                  
                                                  
                                                  
                                                  
                                                  
                                                  
                                                  
                                                  
                                                  
                                                  
                                                  
                                                  
                                                  
                                                  
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