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                                                  Esta 
                                                    é uma página 
                                                    especial, na qual apresento 
                                                     
                                                    lindas poesias e fotos, de 
                                                    Maria Petronillo 
                                                  YARA 
                                                    NAZARÉ  
                                                  | 
                                            
                                            
                                               
                                                   
                                                    Cheguei ao 
                                                    domingo 
                                                    e vim bem cedinho 
                                                    dar-vos um beijinho 
                                                    com muito carinho 
                                                    (Maria 
                                                    Petronilho - 26/06/03)  
                                                    | 
                                            
                                            
                                              
                                                   
                                                      
                                                      
                                                    MISERERE 
                                                   
                                                  (Maria 
                                                    Petronilho)  
                                                  Miserere 
                                                  chora 
                                                    chora coração 
                                                  engendra-se 
                                                    o mar 
                                                  no 
                                                    pranto  
                                                  que 
                                                    manietados vemos 
                                                  que 
                                                    nos arrojam ao chão 
                                                  dor 
                                                    indizível sofremos 
                                                  ao 
                                                    ver crianças morrendo 
                                                  sem 
                                                    sombra de remissão 
                                                  miserere 
                                                    mirserere 
                                                  tanto 
                                                    sangue derramado 
                                                  sem 
                                                    motivo; sem razão 
                                                  miserere 
                                                    miserere 
                                                  nosso 
                                                    sofrimento clama 
                                                  do 
                                                    meio da escuridão 
                                                  Deus, 
                                                    Tu que és Luz 
                                                  inflama 
                                                     
                                                  de 
                                                    rubro amor toda a terra  
                                                  cantemos 
                                                    aleluia então 
                                                  reacendamos 
                                                    as estrelas 
                                                  brilhe 
                                                    de novo o sorriso 
                                                  acendam-se 
                                                    todas as luzes 
                                                  brilhem 
                                                    os olhos-janelas 
                                                  ateada 
                                                    comunhão! 
                                                  4/7/2003 
                                                  Lisboa 
                                                    (Almada) - Portugal 
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                                                  HAVIA... 
                                                     
                                                     
                                                    Decerto te lembras 
                                                    do verde no azul... 
                                                    e quando passavas  
                                                    as inquietas folhas 
                                                    agitavam brisas 
                                                    levavam poemas 
                                                    tantas fantasias! 
                                                     
                                                    ... e ele suspirava, 
                                                    tu é que o não 
                                                    vias! 
                                                     
                                                     
                                                    Maria Petronilho 
                                                    1/11/2002 
                                                  | 
                                            
                                            
                                               
                                                    
                                                  SINGULAR 
                                                    SILHUETA 
                                                   
                                                    (Maria Petronilho)  
                                                   
                                                    Que soprem diáfanos 
                                                    e brancos 
                                                    os ventos de mudança 
                                                    que varram a tristeza sem 
                                                    nome 
                                                    que por mim passa 
                                                    que se percam no longe 
                                                    nos confins 
                                                    onde a esperança 
                                                    houvera dar por si renascida 
                                                     
                                                    que se erga imensa e clara 
                                                    a figura 
                                                    única 
                                                    de minha alma com a tua 
                                                    singular 
                                                    silhueta  
                                                    de dádiva 
                                                    cúmplice como outrora! 
                                                    
    | 
                                            
                                            
                                               
                                                    
                                                  AUSÊNCIA 
                                                   
                                                    (Maria Petronilho) 
                                                     
                                                     
                                                    HÁ EM MIM 
                                                    UMA VAGA FOME 
                                                    A QUE TALVEZ CHAME 
                                                    AUSÊNCIA. 
                                                    NÃO FALO DE SOLIDÃO 
                                                    SOLIDÃO SERIA 
                                                    SENTIR-ME VAZIA, 
                                                    E EU SINTO-ME 
                                                    TRANSBORDANTE 
                                                    DE CARINHO, DE SORRISOS, DE 
                                                    AFECTOS 
                                                     
                                                    INTERESSO-ME POR TANTO! 
                                                     
                                                     
                                                    NÃO SEI ONDE IR 
                                                    NEM COM QUEM FALAR. 
                                                    TENHO TANTO E NADA A DIZER! 
                                                    FALTA -ME QUEM ESCUTE, 
                                                    UMA VOZ QUE SALTE DO SILÊNCIO 
                                                    E DIGA TAMBÉM VEJO 
                                                    E PENSO. 
                                                     
                                                     
                                                    AMIGOS ESTÃO LONGE 
                                                    NA BUSCA CONSTANTE 
                                                    DO QUE OS ATORMENTE 
                                                    VEJO CADA UM NA SUA VIDA 
                                                    MERGULHADO NOUTRO MUNDO 
                                                    QUE NÃO É NOSSO 
                                                    ESTRANHO 
                                                     
                                                    COMO SE EU ESTIVESSE BOIANDO 
                                                    AO LARGO DE TUDO 
                                                    À DERIVA DE QUANTO 
                                                    ROLA 
                                                    SE E-NOVELA 
                                                    NA LUTA PERDIDA 
                                                    GUERRA ABERTA 
                                                     
                                                    DESVAIRADA TERRA! 
                                                    13/6/2002 
                                                    
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                                                  PROCURA 
                                                     
                                                  (Maria 
                                                    Petronillo) 
                                                     
                                                    Não tenho certeza alguma 
                                                    De aquém vida 
                                                    De além morte 
                                                    Só sei que vivo à 
                                                    procura 
                                                    De porquês 
                                                    Lógica 
                                                    E 
                                                    Sorte 
                                                    E que os não encontrei 
                                                    nunca 
                                                     
                                                    Vida vivida na busca 
                                                    Na necessidade absoluta 
                                                    Do Saber - que tanto falta 
                                                    Do Querer - que tanto sobra 
                                                     
                                                    Vivo no mundo perdida 
                                                    Na busca de alguma coisa 
                                                    Um som 
                                                    Uma cor 
                                                    Uma palavra 
                                                     
                                                    Que acalante a minha alma. 
                                                     
                                                    (Outubro, 2000) 
                                                    
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                                                  MAS 
                                                    AI, A SONHADORA! 
                                                   
                                                    (Maria Petronilho) 
                                                     
                                                    ENFIM 
                                                    DISPENSEMOS 
                                                    A COTA DE MALHA 
                                                    DA HIPOCRISIA 
                                                     
                                                    DISPERSA-TE! 
                                                    TRANSMUTA-TE! 
                                                    EM SAL E EM ÁGUA 
                                                    DISSOLVE-TE 
                                                     
                                                    EVAPORA TUA ESSÊNCIA 
                                                     
                                                    VEM MAR! 
                                                    VEM MONTANHA! 
                                                    VEM PROFUNDEZA! 
                                                     
                                                    MINHA NUVEM 
                                                    TE RECOLHA 
                                                    E MEU CORPO 
                                                    TE ABSORVA! 
                                                    MAS AI, 
                                                    A SONHADORA 
                                                    SE ETERNIZA 
                                                     
                                                    EM AUSÊNCIA!!! 
                                                    
                                                  ******** 
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                                                    Obrigada pela sua visita! 
                                                    Yara Nazaré 
                                                    
                                                    
                                                    
                                                    
                                                    
                                                    
                                                    
                                                    
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