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"Duas coisas me enchem o ânimo de admiração e respeito:
o céu estrelado acima de mim e a lei moral que está em mim".

(Kant - Crítica da Razão Pura)

Com esta máxima de Kant que me fascina, apresento
uma Ciranda muito especial, pela riqueza dos seus versos
e pelos poetas ilustres que dela fazem parte e a hospedo
em meu site, com muita alegria.

Sejam bem-vindos e sintam-se em casa!

Com carinho.

YARA NAZARÉ

 

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Esta ciranda nasceu do lindo poema de
Mercília Rodrigues. Agradecemos a todos os amigos
que participam neste lindo espaço de arte e amor!
Um beijo fraterno

TANIA LEMKE



Participantes:

1. Mercília Rodrigues
2. Rui Pais
3. Vera Mussi
4. Marcos Milhazes
5. Edna Liany Carreon
6. Sylvia Cohin
7. Carvalho Branco
8. Baby®
9. Nelim Monti
10. Ângela Maria Crespo
11. Elizabeth Misciasci
12. Luciane Makkario
13. Luiz Poeta
14. Marcial Salaverry
15. Rosângela do Valle Dias
16. Lauro Kisielewicz
17. Lukass

18.Marici Bross

 

E a minha modesta participação no final, à convite
do poeta, MARCIAL SALAVERRRY.

YARA NAZARÉ


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1. NASCENTE

 


(Mercília Rodrigues)



Nas águas límpidas da nascente,
acompanhando o brincar das quedas ,
saltando as escarpas e aparando as pedras,
atiro-me em vôo pela vida à frente !

Sou corredeira do remanso rio ,
sou cachoeira descendo da serra,
sou da chuva a navalha em fio,
sou a enxurrada da molhada terra !

Nas bênçãos dadas sou a fé jogada
no deserto sou a esperança
na face sou a dor salgada
pela alegria ou a dor que cansa !

Sou do mar a imensa beleza ...
Misturo-me ao céu ,longe, no horizonte .
Mostro-me azulada em suas profundezas,
mas continuo sendo a água da fonte !

®Mercília Rodrigues

mercília.rodrigues@terra.com.br.
direitos reservados:sicam/socimpro
http://www,josegeraldomartinez.hpg.ig.com.br.



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2. A NASCENTE

 

(Rui Pais)

Eu sou aquela eterna nascente

Que mata a sede de tanta gente

Avanço pelas alturas da atmosfera

Espalhando as águas sobre a terra.

Formo a chuva que rega este chão

Desço profundo, longe de vossa visão

Infiltro-me nesta terra encharcada

Sou a vida que germina desesperada.

Sendo a essência da vossa existência

Vocês por mim não têm clemência.

Se neste solo os acolho com agrado

Qual a razão deste meu triste fado?

Porque não fazer um pacto de amizade

Ambos teríamos a ganhar em felicidade

A tempo de recuperar este antigo paraíso

Que aos poucos foi perdendo seu sorriso.

Haveria uma nascente sempre a brotar

Cujo manancial jamais se poderia esgotar.

Nasceria uma água fresca, pura e cristalina

Para sempre a eterna fonte da vida divina.

03/11/2004

www.ruipais.net



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3. FONTE DA ABUNDÂNCIA



(Vera Mussi)



De todas as bençãos
desejadas ...
encontrei a fonte cristalina
de águas límpídas
do grande mar
de amor ...
Linda amizade
Consagrada !
Do luar o brilho de seus olhos
Sempre serenos
Constantes !
O espelho de sua alma
tão alva como a neve
cobre todos o vales
e montanhas !
Alcança
todas as esperanças
com a eterna confiança
no amor universal !
Purifica todos
os caminhos que levam
à bendita
Fonte da Abundância !

Com carinho

Vera Mussi

 



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4. GRANDIOSO MAR

 

 

(Marcos Milhazes)


Nascente de sentimentos

Quando passas por mim
e meus olhos ficam a deriva,
como um barco oceano
à dentro sem rumo,
e eu um pescador
perdido naquela imensidão
de águas e léguas de imaginação,


Nascente mágica
Rumo a camarinha do orvalho
ou para as minhas
próprias lágrimas de paixão.


Ao desnudo mar, entrego-me e
tento me explicar o belo de tal feminino.
Tormentas que me cercam.
E tu,
estrela desse mar de caprichos.
Com uma humilde concha
tento explicarte

Reproduzir,
quiça,
em espelho dágua sua eloqüência
Uma pessoa bela, bondosa e carinhosa.
É de sua perfeição que proso.
Exática forma úmida do amor

E que,
por capricho da natureza dessa concha,
despojada de sua saúde, tal
Nascente de seu ventre
Define-se, aos oceanos
Oh, peróla negra

surgiste raridade...





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5. NASCENTE...

 


(Edna Liany Carreon)



Ah... como é bom caminhar descalça
sobre a areia molhada!
Depois de correr pela praia, junto a ti meu amor...
Depois de cansados, então,
refrescar os pés nas águas cristalinas,
da nascente, onde desce a água,
suavemente pelas pedras,
formando uma pequena queda e a água
que se espalha, torna-se um pequeno lago.
Nesse lago, costumamos ficar olhando os passarinhos,
a beber de suas águas, às borboletas,
a voarem e a se misturarem com o colorido de suas asas.
E o sol, que reflete nas águas, forma um lindo Arco Íris!
É nesse recanto mágico, que nos encontramos.
Foi nesse lindo cenário que trocamos o primeiro beijo
e será nesse cenário que juntinhos ficaremos,
para alimentar nosso amor.
Pode passar o tempo, pode haver a distância,
mas, nada poderá nos separar.
Junto a Nascente, nasceu o nosso amor...
E fomos batizados em suas águas...
Nesse forte e lindo sentimento.


06/11/2004

 



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6. SOU NASCENTE

 


(Sylvia Cohin)



Água fresca ribeirinha,
brotando do chão profundo,
no silêncio da matinha,
sou como o sal para o mundo!
Na sombra das samambaias,
sou vertente que não cessa,
perfume de sapucaia
que se espalha sem pressa...
Corro, não volto jamais
sou renovação telúrica
deixo meu rastro em ramais
do que não pode faltar,
sou única...

Sou também o alvorecer
luz que a vida envolve e veste
promessa do acontecer
sou rumo, promessa, Leste !
Tão bom pudesse a nascente
lavar as dores do mundo,
espalhar amor crescente
tocar os corações fundo !
Se me impedem de nascer
vou brotar noutro lugar,
outra terra umedecer,
vida nova onde eu chegar !


05.11.2004



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7. NASCENTE

 


(Carvalho Branco)



O meu ser é uma nascente
que brota ao verter da lua...
vem do fundo, irreverente,
contorcendo-se qual serpente,
que extravasa e se situa
em local nada prudente...

Cresce aos poucos, se avoluma,
aumentando-me a tensão...
e meu corpo desapruma,
leva ao leito, ou mesmo ao chão...
e por mais que me consuma,
sempre acumulo tesão...

Parece água fervente
ao ponto de ebolição...
torna a carne incandescente,
mina de rico filão...
Escorre como corrente
do centro de ativo vulcão...

Despe-me a roupa, atrevida...
sentindo-me assim toda nua,
da vergonha desprendida,
imploro que em mim se conclua...
que eu seja toda invadida!...
E, por fim, sou toda sua!...

Vem depois a despedida...
este é o mais triste momento...
E quando ela está de partida,
perco todo o meu alento...
Quero me tornar fluída,
misturar-me ao elemento...

E assim em comunhão
com a água da nascente,
somos, ambas, coração,
corpo, alma e mente...
do Amor em gestação!...
Somos três nessa corrente!...



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8. CACHOEIRA EM SEU MAR



(Sônia Maria Grillo)
(Baby®)



O que é isso forte a pulsar assim
Que me faz descontrolar
Esse sentimento que jorra de mim
Como uma cachoeira sedenta de mar?

Como vou poder definir?
Que palavras terei para descrever afinal,
Essa maneira imensa de sentir
Esse sentimento doce em busca do seu sal?

Voce é o meu mar, ora calmo, ora bravio,
Onde despejo toda minha cascata de amor
Assim como fazem todos os rios
Despejando suas águas sem temor...

Esse meu amor infinito,
Como uma serpenteante cachoeira a cantar
Atravessa montanhas, vales e abismos,
Só para desaguar no seu mar...

Vitória-ES
16.01.2004



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9. NASCENTE


(Nelim Monti)



A água lá da nascente
Corre feliz, bem contente
Por entre sombras e matas
Branquinhas como nascem

Cantando todo segredo
Mostrando sua beleza
Fertilizando a terra
Molhando os cafezais.

Vai ziguezagueando pela floresta
Olhando os bichos a brincar
Enche a todos de alegria
E isso a satisfaz.

Mas quando chega a noite...
Já bem longe de sua nascente
As águas ficam chorando
Rolando sozinha na escuridão
Sempre correndo devagarinho
Geme invocando baixinho "Jesus"
05/11/2004

 



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10. NASCENTE

 


(Ângela Maria Crespo)



Nascente de água transparente,
Como tu, nasci pura e cristalina,
Deixei-me levar como toda menina,
Dócil, esperançosa, não descrente.

Encontrei como tu, percalços mil,
Desci montes e serras extremos,
Procurei bondade, encontrei o vil,
Como tu, sempre procuro os remos.

De queda em queda sobre o rio extreito,
cantastes tristemente, rolando pelo leito,
Também canto a canção do desencanto.

Como tu, sou mais ledo sobre escolhos,
ledo também serei, sobre os abrolhos,
regressarei para o renascer do encanto.

 



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11. RENASCER


(Elizabeth Misciasci)



Quero amanhecer
no celeste orbe reluzente
Permitir que a brisa beije-me a face
e o dia n'alma possa aflorar
Quero poder
ser súdita de um astro
a me sorver
admirar o oriente
ser também nascente...
recomeçar.
Quero entardecer
namorar na relva esquecer a selva
fugaz de um reduto
intransitável a me corromper.
Quero saber
historiar meus dias sem me perder
confessar meus medos
sem rimar enredos
vou me delatar
falar dos sonhos guardados
que um dia busquei conquistar
Quero anoitecer
contar estrelas me inspirar!
Olhando o céu, opúsculo criar
comunar com a lua... pactuar
forcejar verdades sem temor...
não calar.
Quero enveredar
atravessar madrugada
pegadas marcar
abandonar pesadelos sem melindrar
destituir-me de formalidades sem reservar
ser o que sou
sem medo de errar.
Quero morrer
indiscutír o mal
vou esquecer
indomável ira, suceder
profecia prevista...
fazer valer
Ressucitar dos mortos,
Vou renascer!


Todos os direitos reservados a autora©

 



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12. ABRAM AS PORTAS QUERO PASSAR.

 

(Luciane Makkario - 26/10/04 - 01h21)

 

Abram as portas, quero passar.

Nada e ninguém me impedirá de fazer esta cruzada.

De todas as minhas jornadas, esta, completarei.

Fechem os olhos, não podem me olhar.

Silêncio, nada quero ouvir e nada mais posso falar.

Acenda o candeeiro, mas, que a chama fique baixa...

Nenhuma luz poderá me ofuscar.

Quero e vou passar.

Que se abram as portas, quero ver a trilha que seguirei.

Lento, mas firme, assim serão meus passos.

Toquem a harpa, ou chorem...

Quero o som da alma, a alma que chora,

Canta mesmo sem querer.

Antes de partir vou banhar-me,

Purificar-me, em minhas lágrimas salgadas mergulharei.

Da saudade que deixo, levo a dor.

Por favor, abram as portas, preciso passar.

Não quero partir, mas, preciso me ausentar.

Ficar comigo, sentir do abrigo a solidão.

Necessito respirar, e a dor que me faz sufoca,

É preciso afastar.

Não me toque, nem me dê a mão.

Seguirei sozinha, até o fim, cantando o canto da alma...

A alma que chora, canta mesmo sem querer.

Por favor não diga nada...

Não vá ainda, é sinônimo de adeus.

Que se abram as portas, preciso partir.

já amanheceu e aqui já não posso anoitecer.

Todos os direitos reservados a autora©



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13. NASCEMORRENASCE

 


(Luiz Gilberto de Barros)


21h16 - 08.11.2004


Se nasce de mim o que morre em ti,
Ou nasce de ti o que morre em mim,
Renasço em ti quando já morri;
Renasces em mim quando estás no fim.

A vida é assim: um nascer ou morrer;
Quando uma fruta morre, deixa uma semente;
Morre-se quando se começa a viver,
Torna-se pó quem já se tornou gente.

É sempre assim, nascente ou poente,
Nem sempre o amor é o sonho derradeiro;
Se morre a ilusão que há dentro da gente,
O corpo vai depois, o amor... morre primeiro.

Direitos Autorais Reservados

 



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14. UM RIO DE AMOR

 


(Marcial Salaverry)



Como um rio em sua nascente,
o amor surge de repente,
vai crescendo em correnteza,
fazendo sentir da vida toda sua beleza...
Por vezes fazemos alguma besteira,
e ele se transforma em cachoeira,
sujeito a quedas com algumas pedras no caminho,
que deve ser percorrido com muito cuidado e carinho...
Vai se tornando caudaloso,
ficando mais forte e gostoso...
E aquela pequena nascente,
transforma-se de repente
num rio de grandes proporções,
fazendo sentir fortes emoções...
Amor como um rio em nossa vida,
com o carinho e atenção devida,
uma gostosa travessia,
e ser vivida a cada dia...



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15. SIMPLES NASCENTE

 


(ROSÂNGELA DO VALLE DIAS)



NATUREZA....SOU NASCENTE
SOU GROTÃO PROFUNDO
NAS MONTANHAS VERDEJANTES.

SOL....SOU NASCENTE DO BRILHO
SORRISO DA NATUREZA
NOS CAMPOS DA TERRA.

CHUVA.... SOU ARAGEM NA POEIRA
SOU CHEIRO DE NASCENTE
NAS BRISAS... NOS VENTOS .

AR....SOU NASCENTE MINHA
EXISTEM PASSOS ONDE O VENTO SOPRA
E AS TEMPESTADES CHORAM.

TALVEZ DISTANTE
NO PEQUENO OLHAR
NO MELHOR SORRISO
O QUE AGORA FALTA EM MIM
POSSA ESTAR NAS NASCENTES!

SOU NATUREZA CRESCENTE
CANTAR ENTOADO ....
CANTAR AO VENTO....
SÓ CANTAR SENTIMENTO.

SOU VERDEJANTE MONTANHA
SOU O SOL, A CHUVA, O VALE
O AR, A CHUVA, O FRIO
OS PASSOS, O OLHAR, O CANTO.

NASCENTE
A NATUREZA É A RESPOSTA
PARA TODOS OS DESVIOS.


BH - 09/novembro/2004



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16. NASCENTES

 


(Lauro Kisielewicz - 10/Novembro/2004)

 

A natureza manifesta-se
festiva e colorida
acolhendo e abraçando
um novo e inédito dia,
que já desponta dourado
pelos raios de um sol maravilhoso...

A fauna manifesta-se
cuidadosa e atenciosa
com os novos filhotes
que vêm ao mundo
perpetuar espécies
e livrá-las da extinção..

A flora manifesta-se
silenciosa e engalanada
sem nenhum alarde
enche de cor e vida
as paisagens
os horizontes,
nossas vidas...

A humanidade manifesta-se
apreensiva e acovardada
diante do nascimento
de mais um humano,
envolve-o em panos
e se confunde nos cuidados
às vezes nenhum,
por vezes exagerados
e entre passos mal dados
perde-se nos caminhos da vida
e se afasta mais e mais
do que mais necessita
e passa uma vida aflita
por pensar em tudo daqui
da finitia e mortal terra
e se degladia em guerra
e pouco a pouco se enterra
quando deveria elevar
pensamentos,
sentimentos,
partilhar alimentos,
compartilhar alegrias,
amenizar mágoas e dores
descobrir e viver,
novos amores
provar,
novos sabores
e entender
que no passado e no presente
haverá sempre e sempre
milhões de novas nascentes!
Renascer diariamente
é possível...
Começa na tua mente...
Tente!
Descubra a Tua Nascente!

 



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17. NASCENTE


(Lukass)



Das entranhas da mãe terra,
brota cristalina a nascente,
vem descendo na encosta da serra,
encantando toda gente.

Suas águas fascinam,
segue seu rumo sem pressa,
nas quedas formando cachoeiras,
em cada ponto, parece que recomeça,

Fria e cristalina vão contornando as pedras,
como um grande labirinto,
mata a sede, rega a vida,
molha meu rosto tirando o cansaço que sinto.

Magia da natureza,
é encanto e beleza,
__nascente, da terra és a vida,
da vida és a essência.

11/11/2004 - SP

 

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18. NASCER, NASCENTE.

 

 

(MARICI BROSS)

 

Nascer, nascer.

Tal qual o rio

A nascer na serra

Em meio à mata

Junto a Mãe Natureza.

Um nascer de amor

Um nascer de solidariedade

Um nascer bendito

Desta nascente

Que chega, num iniciar.

Suave e cheio de amor

Com suas límpidas águas

A correr por vales e montanhas

Uma nascente, um nascer,

Surgindo, avolumando.

E seguindo para o mar.

Um encontro de águas

Tal qual o encontro de nós dois

Onde tu me recebes, acolhe.

Tal qual o mar a acolher o rio.

Isto é amor!

Isto é vida!!

SP, 12-11-04 - 12:30h

www.maricibross.com

 

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MANSAS ÁGUAS

 

(Yara Nazaré - março 2002)


Situações por mim vividas

Talvez não para serem lidas

Mas para serem lembradas.

Nascidas assim do acaso...


Trazidas do leito de um calmo rio

Igaraçu... frondoso nas suas margens

De verde brilhante e suave

Com flores silvestres brancas e rosadas.


Foi lá, onde muito passei

No vai e vem das canoas

Ouvindo o encanto do canto das sereias.

Nas mansas águas sem tormentas.


Meus pés molhei e banhei

Sentindo do manancial a maciez.

Quanta saudade...

De tudo aquilo que lá deixei!

 

 

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